domingo, 1 de novembro de 2009

Violência contra a mulher gestante

A violência contra a mulher constitui uma das mais antigas e amargas expressões
da violência de gênero, representando inaceitável violação de direitos humanos, sexuais
e reprodutivos. Mas é igualmente necessário entendê-la como grave problema de
saúde pública. Dados do Banco Mundial revelam que a violência contra a mulher
encontra-se entre as principais causas de anos de vida perdidos por incapacidade,
superando os efeitos das guerras contemporâneas ou dos acidentes de trânsito. As
conseqüências psicológicas, embora mais difíceis de mensurar, produzem danos
intensos e devastadores, muitas vezes irreparáveis. A violência exerce grande impacto
para a saúde da gestante, com conseqüências que podem, também, comprometer a
gestação e o recém-nascido.
De toda forma, a violência pode ser mais comum para a gestante do que a préeclâmpsia,
o diabetes gestacional, ou a placenta prévia e, lamentavelmente, pode-se
afirmar que o ciclo gravídico-puerperal não confere proteção para a mulher. No
entanto, a assistência pré-natal é momento privilegiado para identificar as mulheres
que sofrem violência e, muitas vezes, a única oportunidade de interromper o seu ciclo.
O atendimento apropriado para grávidas que sofrem violência física, sexual ou
psicológica representa apenas uma de muitas medidas a serem adotadas para enfrentar
o fenômeno da violência. Entretanto, a oferta de serviços permite acesso imediato a
cuidados de saúde que podem mudar dramaticamente o destino dessas mulheres.

Fonte : Manual técnico /MS -Prénatal e Puerpério

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